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Na virada da palavra
No sentido que lhe dei
O mar sozinho não resolve
E vou perdendo tudo o que sei

No momento inspirado
Que a memória assaltou
Vivo na conclusão mal encerrada
Quando o meu medo voltou

Se eu tivesse um sinal
Um punhado de alegria
No olho mal fechado
Eu te perdia no mesmo dia.

o melhor é nunca te dizer
este momento diário quase banal
que me mantém aqui contigo
castigo merecido para o meu lado racional.

tento ter menos saudades dos meus medos
não posso mostrar para sempre o meu sofrimento
porque tenho de pensar em tudo o que sou
para poder caminhar seriamente.

numa mão uma verdade
presa nos teus olhos,
que palavras tuas não me querem contar

na outra a loucura de amar
mesmo que me encontre sozinha
e faça tudo para te chamar

nas horas vazias,
parada no caminho que me faz sofrer
é em ti que eu penso e reflicto para não me perder s

e eu ultrapassar os limites
que nos separam da razão
eu escolho a vontade
de te dar o meu coração...

Perguntei-me imensas vezes sobre a existência e a insistência predominante no mundo; sobre o que afinal é comprido ou curto demais para caber na lógica e nas decisões que me cabem; Já perdi a conta aos maus juízos que fiz de terceiros e na falta de julgamentos justos de terceiros para comigo; Já me afoguei no mar de esperanças e morri para o passado da minha infância. Eu própria já não me lembro de muita coisa da minha infância. Só de tudo o que me aconteceu de mais embaraçoso. Mas é normal, pois são essas recordações que se colam mais ao meu dia-a-dia, lembrando-me que preciso de dar muitas quedas para me equilibrar de vez.

Mesmo assim, ser confusa, tem as suas vantagens. Por exemplo, confundo o certo com o errado e acabo por acertar mais quando erro, do que quando juram a pés juntos, de que fiz a opção correcta. Confundo o bem com o mal mas é porque nunca se dão conta quando pratico o bem, muito menos quando pratico o mal. A vida tem destas coisas... Também confundo-me nas horas, mas aí nessa confusão horária, já tenho 50% de probabilidades chegar a horas, 45% de chegar atrasada e 5% de não ter bem a certeza se cheguei mesmo ao destino (o que até não é uma má percentagem, daí eu achar vantajosa esta confusão).

Porém, o que mais me confunde são os apelos à paz, à união entre os povos, ao mútuo respeito para com o próximo e para com a natureza em geral, mas quanto a isso não dá para eu falar muito, pois nunca precisei de apelar para muita coisa nesta vida, a não ser para a ignorância e ingenuidade alheias. Acho até que, só estes dois factores que impedem, os meus amigos se afastem de mim por razões de segurança, mesmo eu sabendo que eles me conhecem bem e aceitam-me assim como sou. Mas eu é que não aceito a realidade com ânimo leve e continuo a bater na mesma tecla (desta vez falo em sentido figurado).

Dedicado aos meus amigos...

No que eu tenho de mais lúcido,
transponível,
com o que disponho de mais sensível,
eu de tudo faço uso
para emergir de dentro de mim mesma
os momentos que mais me marcam.

Passo no lugar
onde te deixei cantar
o sonho onde te encontraste
e no fim resgataste
a tua forma única de amar...

Perdi o meu espelho, no imenso do teu olhar,
senti-me sozinha quando não te vi chegar.

Voltei em segredo para não te contar,
que existe um motivo para o teu lamentar.

Surgi de um canto do teu cantar,
caí de joelhos quando te vi a entrar.

Limpei as muitas lágrimas podias suspeitar,
porque fiquei zangada com o zangado do mar.

Sonhei esta noite que me vias dançar,
vieste dançar comigo até eu acordar.

Beleza se resume e se basta
Num tão espectante olhar
Onde um pequeno brilho se arrasta.
Sussurro, qual leve pensar
Que um imenso poder me afasta
E Leva-me docemente para outro lugar.

Se o dia estava fechado,
abriu.
Se o meu mundo só conhecia a revolta,
serenou.
Se o tempo passava a correr,
de repente parou.

O tempo desfaz-se em desculpas
quer que eu esqueça a infelicidade
quer que eu engrandeça o pensamento
quer dar paz por um momento
a uma voz que persegue a verdade.

O tempo não esmorece
talvez por si se fortaleça
espante eternamente o desespero.
Quisera eu seu talento
Pudera viver... e no seu aconchego ser,
pensar na vida e não me perder.

O TEMPO É UM CONTO DE FADAS

O tempo é um conto de fadas
Que não tem início nem final
Ele é governado pelo sol
Que ilumina o teu sorriso celestial...

É ele que dita, às vezes, os dias bons
E aqueles que queremos esquecer
É ele que me pergunta pelo teu dia
E eu irei sempre saber responder...

Mais uma porta acaba de se abrir
Para o amor!
O tempo faz com que a tua história
Tenha sempre mais valor...

(poema dedicado à minha mãe , por altura do seu aniversário)

Descobriste que afinal sou uma estranha
Um drama sem solução
Para os dias frios que não passam
Mas também não duram no teu pensamento

Sentiste que não estaria perto
Afinal sou uma estranha
Uma só melodia triste
Que te seguiu numa imensa caminhada

Desenhaste nas linhas do meu rosto
A verdade que ainda te magoa
Afinal sou uma estranha
Um rabisco indiscreto no teu diário

Afastaste a imagem que te arrasta
Nem a minha verdade te soa bem
Afinal sou uma estranha
Que não te pediu licença para perturbar

Agora sonhas porque tens vontade
Aquela que não trouxeste antes de saber
Que afinal sou uma estranha
Que sopra essa brisa que te aconchega

O meu mundo é revirado.
Sabe a memórias de cada segundo da minha existência.
Nele uso e abuso esquivo-me,
parto e regresso quando quero e sem escolher destino.
O meu mundo é amoral,
é único e intemporal
é sempre uma descoberta
não é sempre igual
não se baseia em ciência
e não parte de mim
porque na realidade
eu não sou o que vivo ali
nesse encantado mundo
onde me embrenho e da qual nunca quero sair s
em ter exagerado demais nas emoções.
Mas não é terra firme não sinto o chão,
não me posso sentar nele
não corro e não me vêem sorrir
e não me vêm consolar.

Nao sei o que vivo, se vivo ou se descobri que revivo um tempo parcialmente apagado...na semi-escuridão, no meio termo... se não posso ter acesso a verdade dos factos entao que se lixe... o que tiver de viver é o que vou aproveitar até ao fim!... porque nao? em tempos ja pensei que nada chegaria a tempo de eu poder viver plenamente tudo o que a vida tinha para me oferecer...mas quem disse que ha tempo certo?nao existem certezas de nada...quem me garante que na altura que eu pensava estar pronta para viver, eu saberia aproveitar?quem me diz?... quem me diz que eu estaria pronta para abraçar a felicidade plena, sem a deixar fugir? como se fosse carcereira da liberdade de amar...e me libertasse no momento em que me entreguei por inteira a tao belo sentimento...e a tao belo homem! belo tanto por dentro como por fora. defini-lo é tanto simples como desafiador: ele é um pedaço de céu! um pedaço que na essencia é mais extenso e mais belo que o próprio céu! e melhor que tudo, nao preciso de voar até ele para o alcançar! :)

Amo-te meu anjo!!!! =)