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Eis que chega o momento de não esclarecimento... eu não tenho por obrigação aturar os meus próprios caprichos... ando envolta na minha loucura diária e nem me consciencializo que vivo entre outros que não vivem necessariamente esclarecidos... eis um bom ponto da situação: não me sinto sozinha, pois nunca fui largada ao abandono (mas abandono-me de vez em quando no alto da falésia das ilusões...) não me sinto triste, pois a tristeza em estado permanente torna-se a alegria de quem nunca foi feliz antes de cair em desgraça (talvez tenha os meus momentos de alegria, mas passam-me todos ao lado...)...

Onde crio raízes é onde me sinto viver... as mudanças são um alimento fraco e por vezes indigesto para a alma (quando são demasiado bruscas...)

Existe muita verdade neste mundo que nunca foi pronunciada... não me foi facultada muita informação e desconheço a quase totalidade dessas verdades, devida à falta de experiência em encontrar o caminho certo para ser seguido, mas que andam cabeças a rolar, por essas teias obscuras, lá isso andam...

Não me julguem por louca, tenho é imensa sensibilidade e nem sempre me controlo (o que não quer dizer que sejam obrigados a darem-me o benefício da dúvida, se quiserem atirem-me aos leões...).

Se na realidade me sinto perdida, aí a conversa já descamba para outras paragens menos súbteis da vida... o tempo não nega a sua culpa no cartório e muito menos se cuíbe de se atravessar no nosso caminho arrastando tudo à sua passagem...

Mas, perdida por cem, perdida por mil, eu não vou fazer o papel de coitadinha... (mas eu já o fiz, e coisas dessas, infelizmente, são topadas a léguas de distância... se ao menos desse para disfarçar, sem que se tornasse um acto tremendamente contraditório...) vou dar luta! Uma pessoa (neste caso eu mesma...) deve fazer tudo ao seu alcance para se conhecer melhor, desenvolver novas capacidades para sobreviver às adversidades incontornáveis... (e se possível dar singelas palmadas(?) de luva branca em quem não costuma apostar muito na nossa pessoa...).

Mas oportunidades não faltam... falta é visão (não propriamente a visão física da questão, mas também é precisa em certos casos...), ou seja, muitas dessas oportunidades vão ficar pelo caminho (o tal caminho certo...).

Outras serão logicamente aproveitadas, oportunidades de fazer carreira em alguma actividade (cujo pensamento frio e lógico impera, e que por habituação acabamos por perder destreza emocional para outros assuntos...) ou a nível mais pessoal (o que pressupõe termos um plano B, pois o mais certo é não acertarmos à primeira, e provavelmente nem à segunda...)

Hoje estou muito calma, serena e muito séria... ou melhor com os olhos, as maçãs do rosto e a boca muito descaídos... (até as orelhas parecem estar murchas...) mas isso já deve ser do sono, pois fiquei outra vez acordada até tarde... não interessa, o que importa é que se estou assim tão calma e serena, quer dizer que uma tempestade de desgraças vem a caminho... (desgraças exclusivamente minhas para não variar...) Mas isto foi só um à parte...

Estou cada vez mais dispersa na minha missão errante de viver... o passado cada vez fica mais para trás (arrastando de vez em quando, o presente e o futuro com ele...) e vejo-me a correr atrás dele, pois sinto que também ficou muita coisa minha para trás e que quero resgatar... e de repente, nessa correria insana, já nada é o que parece ser (se é que já antes tinha qualquer significado...).

Falo hoje sem qualquer optimismo na voz, no pensamento ou nos dedos que teclam ao desbarato... tenho dias assim, em que seja o que for que venha alterar esta situação, nunca ocorre antes do fim do dia... lá tenho eu que esperar, que remédio...

E mais nada posso acrescentar a esta realidade... e para melhorar o cenário, sinto-me possuída pela inércia do decorrer da tarde (talvez devesse ter guardado este momento para antes do almoço...).

Não posso evitar ser desmancha-prazeres... e deve haver alguém neste momento que não está em mínima sintonia comigo, pois está alegre, bem-disposto, de bem com a vida, sem preocupações... pior para esse alguém!!!... e já agora, pior para mim... sim, porque sempre me ensinaram a ser democrática com os males que a humanidade pode partilhar (mesmo que a metade dessa humanidade não lhe convenha nada...), ou seja, se é para um estar mal, então que todos os que estejam à sua volta, fiquem mal também (quem inventou a palavra solidariedade, esqueceu-se muito provavelmente que existem déspotas neste mundo, e com a mania que são espertos...)

Esta minha necessidade de nunca acabar o que começo... que vergonha...

Estava eu então a falar de uma vontade..., pouco convincente, mas não deixa de ser uma vontade...

Vontade essa, expressa em palavras um pouco fantasiadas, mas... Eu quero (aliás exijo...) ser para sempre (dure o que durar esse sempre...) uma pessoa apaixonada pela vida, nunca deixar de lhe sorrir,ter sempre uma razão para viver, enquanto puder viver (mesmo que os dias pareçam todos iguais, e seja obrigada a fazer sempre as mesmas coisas...) viver um dia sem ter um motivo para sorrir... é como se esse dia nunca tivesse existido e perder um dia, não é um luxo a que me possa dar...

Já me avisaram que pode acontecer, sem sequer me dar conta e só de pensar nisso arrepio-me toda...(e tal imagem não é nada digna de ser vista...)

E não o desejo só a mim, desejo a todo o comum mortal, que não tem vontade de viver, ou que vive sem dar por isso... por mais difícil que pareça, enquanto há vida há uma tremenda possibilidade de marcar a diferença, de haver superação pessoal...

Não é todos os dias que me apanham optimista, por isso se não me acham completamente pateta, aproveitem bem este momento, em que me apeteceu reflectir sobre os meus desejos mais arrebatados (ou mais idiotas, conforme o estado de espírito de quem conseguiu ler até ao fim...)

Uma vontade espaçada perfila-se perante as prioridades de alguém que não vive de bons métodos, não se encontra focada num objectivo, nem individual nem colectivo, nem se encontra sequer na lista telefónica...

Prometedor? Nem por isso, mas não vivo para agradar, mas se conseguir agradar sinto-me sempre melhor... chamem-lhe contradição, eu não me importo.

Como também não me importo (muito...) que se refiram às confusões que provoco, tanto na minha cabeça, como fora dela... certas ideias (minhas principalmente...) não deviam poder materializar-se no mundo partilhado, mas enfim...

Nem sempre dá para passar o melhor de nós mesmos sem que o menos bom se manifeste de vez em quando... e como eu sou de extremos, o mundo pode ter a oportunidade de ver quase ao mesmo tempo (somente...) o melhor e pior de mim. É o chamado dois em um...